No mundo da construção sustentável e do uso consciente dos recursos hídricos, um elemento chave que merece destaque é a cisterna. Uma cisterna é um reservatório de água utilizado para captar, armazenar e reaproveitar a água da chuva. Com o aumento da consciência ambiental, a cisterna tem se tornado uma solução cada vez mais popular, tanto em residências como em edifícios comerciais. Neste artigo, vamos descobrir como esse sistema inteligente e ecologicamente correto contribui para a conservação dos recursos hídricos, além de promover a sustentabilidade na arquitetura. Vamos lá!
O que é uma cisterna? Qual sua função?
Uma cisterna é um elemento fundamental na arquitetura e no design urbano, desempenhando um papel essencial no armazenamento de água. Essa estrutura, que pode variar em tamanho e forma, tem como principal função coletar e armazenar água da chuva ou de outras fontes para uso posterior.
Em termos gerais, uma cisterna é um reservatório subterrâneo ou acima do solo, construído com materiais duráveis e impermeáveis, como concreto, ferro, polietileno ou fibra de vidro. Ela é projetada para captar e armazenar a água pluvial que cai em telhados, pátios ou áreas pavimentadas, permitindo seu aproveitamento de forma sustentável. A funcionalidade da cisterna abrange diversas áreas, desde a preservação dos recursos hídricos até o uso eficiente da água em residências, prédios comerciais e espaços públicos. Vamos explorar algumas das principais funções desse sistema:
- Captação de água pluvial: A cisterna é responsável por coletar a água da chuva que escoa das superfícies impermeáveis, como telhados. Essa água, que de outra forma seria desperdiçada, é direcionada para a cisterna através de calhas e tubulações.
- Armazenamento e conservação: A água captada pela cisterna é armazenada para uso futuro. Esse armazenamento permite reduzir a dependência de fontes convencionais de água, como redes de abastecimento público ou poços. Além disso, ajuda a conservar os recursos hídricos, especialmente em áreas com escassez de água.
- Uso não potável: A água armazenada na cisterna é geralmente utilizada para fins não potáveis, como irrigação de jardins, descargas de banheiros, limpeza de pisos e lavagem de veículos. Isso contribui para reduzir o consumo de água potável e minimizar o impacto ambiental.
- Prevenção de enchentes: Em áreas urbanas, as cisternas desempenham um papel importante na gestão de águas pluviais, evitando enchentes e sobrecargas no sistema de drenagem. Ao captar e armazenar a água da chuva, elas diminuem o volume de água que escoa rapidamente para as redes de esgoto e rios.
- Redução dos custos de água: O uso de cisternas para aproveitamento da água pluvial pode resultar em economia significativa nos custos de água, principalmente em edifícios comerciais e residenciais de grande porte. Isso ocorre porque a água coletada é gratuita e substitui parte do consumo de água potável, refletindo-se na redução das contas de água.
Qual a diferença entre poço e cisterna?
Um poço é uma perfuração vertical realizada no solo até alcançar uma camada de água subterrânea. Essa camada é chamada de lençol freático e é composta por água proveniente de chuvas e infiltrações. Ao perfurar um poço, a água é bombeada para a superfície, permitindo seu uso. Portanto, a água do poço é proveniente do lençol freático, que pode ser influenciado pelas condições geológicas da região.
Por outro lado, uma cisterna é um reservatório de água construído no solo ou acima dele, geralmente utilizando materiais como concreto, fibra de vidro ou plástico. A água armazenada na cisterna é coletada a partir de fontes externas, como chuva ou abastecimento público, e armazenada para uso futuro. A cisterna não possui acesso direto ao lençol freático e depende da captação de água por meio de sistemas de coleta e armazenamento.
Portanto, a principal diferença entre um poço e uma cisterna é a origem da água. Um poço utiliza o lençol freático como fonte de água subterrânea, enquanto uma cisterna armazena água proveniente de outras fontes, como chuva ou abastecimento público. Ambas as estruturas têm seus usos e benefícios específicos, dependendo das necessidades de água de uma determinada área ou propriedade
O que é a cisterna de uma casa?
A cisterna de uma casa é um reservatório de água projetado especificamente para uso residencial. Ela desempenha um papel importante no armazenamento e na gestão da água, garantindo o abastecimento contínuo mesmo em situações de escassez ou interrupções no fornecimento público. Em sua forma mais básica, uma cisterna residencial é um tanque ou recipiente que pode ser instalado acima do solo, enterrado no solo ou até mesmo integrado à estrutura da casa. Ela é construída com materiais duráveis e impermeáveis, como concreto, polietileno ou fibra de vidro.
A cisterna residencial é geralmente conectada ao sistema de captação de água da chuva, permitindo a coleta direta da água pluvial que cai nos telhados. Calhas e tubulações são utilizadas para direcionar a água até a cisterna, onde ela é armazenada para uso posterior. A capacidade da cisterna pode variar de acordo com as necessidades específicas de cada residência. Elas geralmente podem armazenar dezenas a milhares de litros de água, proporcionando autonomia e reduzindo a dependência de fontes convencionais de abastecimento.
A água armazenada na cisterna residencial pode ser utilizada para uma variedade de finalidades não potáveis, como irrigação de jardins, lavagem de roupas, limpeza doméstica e descargas de banheiros. No entanto, é importante ressaltar que essa água não é adequada para consumo humano direto, a menos que seja tratada e purificada adequadamente.
Por que ter uma cisterna? A cisterna residencial oferece benefícios significativos para os moradores. Além de fornecer uma fonte alternativa de água, ela contribui para a sustentabilidade ambiental, reduzindo o consumo de água potável e aliviando a pressão sobre os sistemas de abastecimento públicos. Além disso, ela pode resultar em economia financeira, pois diminui o uso de água da rede pública, refletindo-se nas contas de água. Cisternas também são uma ótima solução para lidar com a escassez de água em locais afetados pela seca. O armazenamento de água pode ser utilizado posteriormente quando necessário.
Cisterna e sustentabilidade
A busca por práticas mais sustentáveis no campo da arquitetura tem se tornado uma prioridade nos últimos anos. À medida que a consciência sobre os impactos ambientais da construção civil aumenta, arquitetos e profissionais do setor têm buscado soluções inovadoras para minimizar esses efeitos negativos. Nesse contexto, a cisterna se destaca como uma tecnologia que promove a integração entre a arquitetura sustentável e o meio ambiente.
A relação entre a cisterna e a sustentabilidade vai além da economia de recursos hídricos. Ao adotar essa tecnologia, os projetos arquitetônicos podem reduzir a quantidade de água pluvial escoada para as redes de drenagem, minimizando problemas relacionados a enchentes e a sobrecarga dos sistemas de esgoto. Isso contribui para o desenvolvimento de uma cidade mais resiliente, capaz de lidar de forma mais eficiente com eventos climáticos extremos.
Além dos benefícios ambientais, a cisterna também possui vantagens econômicas. Ao reduzir o consumo de água potável, os proprietários podem diminuir seus gastos com a conta de água, tornando-se mais independentes dos serviços públicos. Além disso, em algumas regiões, é possível obter incentivos fiscais e descontos na tarifa de água para aqueles que investem em sistemas de captação de água da chuva.
A arquitetura sustentável busca integrar soluções como a cisterna de forma harmônica aos projetos, considerando fatores como o clima, a topografia e as características do entorno. Dessa forma, é possível criar edificações que se relacionam de forma consciente com o meio ambiente, promovendo o uso racional dos recursos naturais e reduzindo os impactos ambientais.
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É importante ressaltar que a utilização da cisterna como prática sustentável deve ser acompanhada de boas práticas de manutenção e tratamento da água. É fundamental garantir que a água armazenada seja tratada adequadamente, evitando riscos à saúde. Além disso, a escolha de materiais e sistemas construtivos que sejam duráveis e de baixo impacto ambiental também é essencial para garantir a eficiência e a longevidade do sistema.
Mas então, como funciona uma cisterna? Um breve passo a passo
- Captação da água da chuva: A primeira etapa para o funcionamento de uma cisterna é a captação da água da chuva. Isso é feito por meio de calhas instaladas no telhado da residência. Essas calhas coletam a água da chuva e a direcionam para os tubos de descida, que por sua vez levam a água até a cisterna.
- Filtro: Antes de entrar na cisterna, a água da chuva passa por um sistema de filtragem. O filtro tem a função de reter folhas, detritos e outros materiais sólidos que possam estar presentes na água coletada. Isso ajuda a garantir que a água armazenada na cisterna esteja limpa e pronta para uso.
- Armazenamento: A água filtrada é direcionada para o interior da cisterna, onde é armazenada para uso posterior. As cisternas podem ser feitas de diferentes materiais, como concreto, polietileno ou fibra de vidro, e têm capacidades variadas, dependendo das necessidades do usuário. É importante que a cisterna seja projetada de forma adequada, com materiais resistentes e impermeáveis, para garantir a durabilidade e a qualidade da água armazenada.
- Bomba e sistema de pressurização: Quando é necessário utilizar a água armazenada na cisterna, um sistema de bomba e pressurização é utilizado. A bomba retira a água da cisterna e a pressuriza, permitindo que seja distribuída para os pontos de consumo, como torneiras, chuveiros e descargas. É importante que o sistema de pressurização seja dimensionado corretamente para garantir um fluxo adequado de água nos pontos de uso.
- Tratamento e uso da água: Antes de utilizar a água armazenada na cisterna, é recomendado realizar um tratamento adequado para garantir a qualidade e a segurança. Isso pode envolver a utilização de sistemas de filtragem adicionais, desinfecção por meio de cloro ou outros métodos apropriados. O tratamento da água deve ser realizado de acordo com as recomendações dos órgãos competentes para evitar problemas de saúde.